terça-feira, julho 29, 2008

Magalhães????? Andamos de cabeça para o passado.

Portugal vai produzir um novo computador de baixo preço. Óptimo.
Portugal visa assim entrar na internacionalização. Boa.
Magalhães é o nome do novo compoutador. Não posso acreditar.
Porque não MAG. Porque não algo fácil de pronunciar e de dizer em qualquer parte do Mundo.
Detalhes, pequenas coisas.

Afinal os utilizadores de computadores sabem que Magalhães foi um descobridor, um navegante. mas isso vende computadores?
Deixem lá cair o alhães e a mudança de nome do computador ainda dá notícia.

Inovação mundial. Transístores com papel. Patente PIN já.

Universidade Nova produz primeiros transístores com papel
Os dispositivos poderão ser usados em ecrãs de papel, etiquetas, chips de identificação e aplicações médicas.
Virgílio Azevedo
Expresso 20:05 Segunda-feira, 21 de Jul de 2008

Um dia falava com o Professor António Câmara, presidente da Ydreams, e ele dizia-me que o futuro estaria a passar por ali, na Universidade Nova. Um dia um árbitro de futebol poderia desdobrar uma folha de papel em pleno campo e, carregando num ponto da folha, rever uma jogada duvidosa (dobrando-a de seguida e colocando-a no bolso) ou, na hora de comer, poderíamos simplesmente escolher num mapa de papel o restaurante para jantar, seleccionando um botão de determinada cor.
Com a utilizaçao de químicos(óxidos...) e com as suas reacções os aparelhos dispenderiam menos calor, menos energia e as aplicaçoes seriam múltiplas.
Ele sabia do que estava a falar. Os nossos dirigentes saberão do que se está a preparar e das suas implicações em termos económicos?
Porque não um processo de patente pin para que possamos ganhar com os direitos e royalties decorrentes destas e de outras invenções ou desenvolvimentos tecnológicos.
O Governo deveria oferecer o patenteamento nacional e internacional, nem que para isso tivesse de cobrar uma percentagem de lucros futuros, digamos uma taxa. Uma taxa decerto muito mais produtiva e motivadora da economia e do espírito criativo aplicado.








segunda-feira, julho 14, 2008

Volta Estado, estás perdoado. Ou o oportunismo neoliberal.

Nada de Estado. Menos Estado. Apregoam. Tudo onde o Estado toca apodrece. Vaticinam. O Estado não rentabiliza. Acumula dívidas. Vejam as catedrais do consumo. O expoente máximo do capitalismo.

Mas o capitalismo apelou ao consumo. Ofereceu casas, segundas casas, carros, segundos carros, bens de consumo, férias, acções nas Bolsas, etc. Há que privatizar, há que vender, há que deixar o mercado funcionar.
E agora. Os mesmos, aqueles que vão na onda e outros muitos ( 1/3 das casas dos Estados Unidos estão hipotecadas e em risco de penhora...) não conseguem aguentar as dívidas para pagar a casa.

Volta oh Estado. Volta a meter a mão para salvar as empresas que especularam. Aqui reside a minha dúvida. Não é para ajudar os que foram iludidos e empurrados para o crédito.

Está, de forma inquestionável lançado o debate sobre a necessidade do papel responsável, solidário, preventivo, regulador, do Estado, não para servir apenas os mais fortes mas para garantir aos que menos informação têm possam viver em paz e com dignidade.
O capitalismo não tem emenda. Não sacia a sua vontade ganhar, mesmo na hora da desgraça.

Já agora.
Não percebo como pode Paulo Teixeira Pinto continuar a perorar sobre o estado da Nação. Como se atreve a aparecer diariamente aos portugueses após ter participado num filme chamado BCP. Como pode ousar dar opinião depois de ter´sido premiado pelo desastre com uma milionária indemnização.
O sistema capitalista compensa os piores, ainda que eles nos queiram fazer crer que são os melhores.
E não precisa de nos amenizar o seu passado com poesia, pintura e outras artes, pois o seu percurso e ideologias tem datas, amigos e é conhecido.
Tenha um pouco de pudor.

quinta-feira, julho 10, 2008

"Trufas e caviar no jantar da cimeira do G8 sobre fome. " Recuso-me a ir por este caminho. Mas...

Reunidos sob o signo dos altos preços dos bens alimentares nos países desenvolvidos - e consequente apelo à poupança -, bem como da escassez de comida nos países mais pobres, os chefes de Estado e de Governo não se inibiram de experimentar 24 pratos, incluindo entradas e sobremesas, num jantar que terá custado, por cabeça, a módica quantia de 300 euros. _ in DN de 10 de Julho de 2008.

Recuso-me a trilhar o caminho fácil da demagogia. Não quero ir pela exploração barata da falta de bom senso de alguns governantes e dos seus serviços. Mas não podemos estar a embarcar numa campanha ruinosa para as nossas democracias.

Prefiro perguntar porque não se estabelecem restrições definitivas à conduta dos chefes de Estado onde o povo morre de fome, enquanto as suas contas incham nos bancos internacionais e nos paraísos fiscais. Porque não se proíbe a realizaão de negócios com Estados e personalidades desses estados cuja origem do dinheiro tenham origem transparente, legítima ou legal.

Acordos com familiares, filhos, empresas de ministros e governantes cujo rendimento conhecido (à entrada para os governos) os impediria de serem accionistas de bancos, empresas, donos de bairros inteiros.

Averiguaria os estilos de vida, cá deste lado, de governantes e ex-governantes, directores e fiscais de obras públicas, após a sua passagem por cargos onde tenham adjudicado ou fiscalizado grandes contratos, onde tenham sido coniventes com derrapagens.

Todos ouvimos dizer que se transferem verbas para paraísos fiscais e que depois se pedem empréstimos...

Não podemos embarcar nesta histeria primária deixando passar os grandes negócios.
Não quero dizer que ficasse mal alguma contenção da classe dirigente mundial.