segunda-feira, julho 14, 2008

Volta Estado, estás perdoado. Ou o oportunismo neoliberal.

Nada de Estado. Menos Estado. Apregoam. Tudo onde o Estado toca apodrece. Vaticinam. O Estado não rentabiliza. Acumula dívidas. Vejam as catedrais do consumo. O expoente máximo do capitalismo.

Mas o capitalismo apelou ao consumo. Ofereceu casas, segundas casas, carros, segundos carros, bens de consumo, férias, acções nas Bolsas, etc. Há que privatizar, há que vender, há que deixar o mercado funcionar.
E agora. Os mesmos, aqueles que vão na onda e outros muitos ( 1/3 das casas dos Estados Unidos estão hipotecadas e em risco de penhora...) não conseguem aguentar as dívidas para pagar a casa.

Volta oh Estado. Volta a meter a mão para salvar as empresas que especularam. Aqui reside a minha dúvida. Não é para ajudar os que foram iludidos e empurrados para o crédito.

Está, de forma inquestionável lançado o debate sobre a necessidade do papel responsável, solidário, preventivo, regulador, do Estado, não para servir apenas os mais fortes mas para garantir aos que menos informação têm possam viver em paz e com dignidade.
O capitalismo não tem emenda. Não sacia a sua vontade ganhar, mesmo na hora da desgraça.

Já agora.
Não percebo como pode Paulo Teixeira Pinto continuar a perorar sobre o estado da Nação. Como se atreve a aparecer diariamente aos portugueses após ter participado num filme chamado BCP. Como pode ousar dar opinião depois de ter´sido premiado pelo desastre com uma milionária indemnização.
O sistema capitalista compensa os piores, ainda que eles nos queiram fazer crer que são os melhores.
E não precisa de nos amenizar o seu passado com poesia, pintura e outras artes, pois o seu percurso e ideologias tem datas, amigos e é conhecido.
Tenha um pouco de pudor.

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