quarta-feira, junho 25, 2008

S. João. S. João. Vai um shot e copo ao chão.

Uma experiência inédita. Comecei a noite de S. João em Gaia. Cheguei de Metro com amigos. A pé até à zona ribeirinha fui reparando com caminhos e frente de rio arranjados, bonitos, com bom gosto. Muita gente na rua. A alegria pairava na cara das pessoas. Menezes, Marco, Patinha Antão, Guilherme Aguiar, entre outros festejavam no lado de Gaia. Os barcos navegavam cautelosos para cima e para baixo frente ao Cais de Gaia. Vieram as marchas. Depois foi a longa romaria até de madrugada. O bar do John onde se bebe e atira o copo para o chão. Insólito, mas engraçada a experiência. mais à frente a travessia da ponte em direcção à Ribeira do Porto. A travessia mais emocionante da minha vida: a ponte oscilava lateralmente. Que sensação... Seria a ponte ou a bebida? Depois martelinhos, música, amigos, óptima companhia.
Fiquei rendido ao convite do Ricardo. O S. João é uma experiência sem igual.
Já agora fiquei a saber que a seguir a Fátima as Caves do Vinho do Porto, em Gaia, são o segundo lugar mais visitado do País. Quem diria.

sábado, junho 14, 2008

Coragem em ditadura versus libertinagem em democracia







Em ditadura só temos de ser rebeldes, lutadores, corajosos. Estão em causa atitudes do Estado e do Governo que atentam contra as liberdades individuais e colectivas. Muitas vezes colocam em risco a própria vida. É um direito natural de qualquer povo oprimido e amordaçado - de qualquer cidadão - rebelar-se contra os opressores. Porque não há liberdade, nem garantias dos direitos dos cidadãos.
Em democracia, em liberdade, o voto é o momento por excelência da aprovação ou reprovação de uma política, de um governo, de uma força política. Em democracia existem mecanismos de participação cívica e política suficientes para manifestarmos o nosso desacordo: a imprensa, as petições, os referendos, as manifestações legalmente convocadas, o direito à greve e o seu exercício, a Internet, etc. Há, no Portugal Democrático e Livre, diversas formas de manifestação cívica. Não podemos aceitar que um punhado de pessoas não respeitem as regras da democracia e a coloquem em risco. Mais ainda, esse grupo não pode afectar a vida normal de milhões de portugueses.
A diferença entre os que lutaram pela liberdade e a democracia antes do 25 de Abril e os que bloquearam o País, em plena democracia, é a que separa a CORAGEM da COBARDIA e PREPOTÊNCIA. As influências afluentes, dessas saberemos melhor mais tarde. Uma vergonha.

quinta-feira, junho 12, 2008

Notícias de Angola. Tudo numa boa

O meu amigo está satisfeito com o projecto editorial que abraça. Tudo em grande e na maior. Diz que Angola é muito poderosa, que é o primeiro produtor de petróleo em África, que é já o principal parceiro económico de Portugal. Uff. Só não me diz que o dinheiro do petróleo já está a ser melhor aplicado para combater a miséria e a pobreza. Mas parece que o MPLA vai ganhar com maioria absoluta.
Boas notícias de Angola para os portugueses e para o mundo dos negócios.

quarta-feira, junho 11, 2008

Parabéns Paula.

Paula Sanchez ganha Prémio ANMP
21 de Maio de 2008, 18:12
Lisboa, 21 Mai (Lusa) - A jornalista Paula Sanchez, do Diário de Notícias, venceu o Prémio de Jornalismo ANMP 2008, com o trabalho "Câmaras atraem pessoas com subsídios e vantagens", anunciou hoje a Associação Nacional de Municípios Portugueses.
A peça, que recolheu a unanimidade do júri, foi publicada no jornal em 26 de Março do ano passado.
O júri considerou que o trabalho ilustra "uma nova realidade instalada um pouco por todo o país - a das autarquias que, de Norte a Sul, criam mecanismos, condições e atractivos para chamar aos seus territórios desertificados famílias, profissionais e empreendedores capazes de contribuir para inverter a fuga para os centros urbanos".
De acordo com a entidade promotora da iniciativa, o júri destacou ainda a "profundidade com que a reportagem foi realizada, tendo a jornalista tido a preocupação de auscultar técnicos e conhecer casos semelhantes noutros países europeus".

Nem sempre de acordo. Por vezes defendendo interesses divergentes. Mas sempre admirando quem procura aprofundar os assuntos a bem da liberdade de imprensa e da informação.

terça-feira, junho 10, 2008

Os emplastros da política

Estou farto de ver emplastros que se colam a tudo e nada para tirarem partido da existência de canais de televisão ávidos de notícia. Sugam as oportunidades como ninguém: nos combustíveis, nas portagens, etc. Há uma agora, loira, parece que neta ou filha de Almirante, que de repente nos entra com o seu ar meloso, tirando partido do momento, dando opiniões, brandindo razões com a maior desfaçatez deste mundo.

Uma crise é uma oportunidade

Dou comigo a pensar que agora era o momento adequado para levar os portugueses a andar de transportes públicos. Para isso são precisos mais autocarros, mais comboios, mais barcos, mais metro, mais conforto, mais parques de estacionamento baratos para deixarmos os nossos carros, e um só bilhete para isto tudo. Poupávamos todos. Nós e o Estado. Poluíamos menos e éramos mais felizes. Podíamos ler a caminho da cidade, e no regresso. Não percebi porque quando estamos noutras capitais andamos de autocarro, de metro, de comboio e mal chegamos ao aeroporto português logo queremos carro à porta.Não percebo.

Tenho dois cágados.

Tenho dois cágados. Vagarosos, a seu ritmo, brincam às escondidas comigo. São a razão de ser do meu ritual: ver se os descubro camuflados por baixo das festucas ou algures no meio do alecrim e das lavandulas.
Quem me dera saber hibernar como eles. Ou será que seria uma chatice ter de voltar e ver como isto não parou, apesar da nossa ausência.

O melro que me anuncia o dia.

Tenho sorte. Muita sorte. Há um melro, preto, bom cantador, que me anuncia as manhãs e me faz ver o dia e o horizonte matinal. Dá-me sempre os bons dias do cimo da arocária que plantei e que cresce sem parar.

Quem será o herdeiro?

Manuela ganhou. O Partido precisava de ordem, credibilidade e de fazer regressar rapidamente massa crítica de referência. Mas não chega. O Partido precisa de ideias novas, de um projecto alternativo para o contra-ciclo. Manuela poderá estar condenada a entregar a casa arrumada ao político que se segue e que poderá ser o futuro Primeiro-Ministro. A não ser que a situação política e económica se degrade de tal forma que tolde a visão dos portugueses e o raciocínio de Sócrates.