quinta-feira, julho 10, 2008

"Trufas e caviar no jantar da cimeira do G8 sobre fome. " Recuso-me a ir por este caminho. Mas...

Reunidos sob o signo dos altos preços dos bens alimentares nos países desenvolvidos - e consequente apelo à poupança -, bem como da escassez de comida nos países mais pobres, os chefes de Estado e de Governo não se inibiram de experimentar 24 pratos, incluindo entradas e sobremesas, num jantar que terá custado, por cabeça, a módica quantia de 300 euros. _ in DN de 10 de Julho de 2008.

Recuso-me a trilhar o caminho fácil da demagogia. Não quero ir pela exploração barata da falta de bom senso de alguns governantes e dos seus serviços. Mas não podemos estar a embarcar numa campanha ruinosa para as nossas democracias.

Prefiro perguntar porque não se estabelecem restrições definitivas à conduta dos chefes de Estado onde o povo morre de fome, enquanto as suas contas incham nos bancos internacionais e nos paraísos fiscais. Porque não se proíbe a realizaão de negócios com Estados e personalidades desses estados cuja origem do dinheiro tenham origem transparente, legítima ou legal.

Acordos com familiares, filhos, empresas de ministros e governantes cujo rendimento conhecido (à entrada para os governos) os impediria de serem accionistas de bancos, empresas, donos de bairros inteiros.

Averiguaria os estilos de vida, cá deste lado, de governantes e ex-governantes, directores e fiscais de obras públicas, após a sua passagem por cargos onde tenham adjudicado ou fiscalizado grandes contratos, onde tenham sido coniventes com derrapagens.

Todos ouvimos dizer que se transferem verbas para paraísos fiscais e que depois se pedem empréstimos...

Não podemos embarcar nesta histeria primária deixando passar os grandes negócios.
Não quero dizer que ficasse mal alguma contenção da classe dirigente mundial.






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