Um gesto gigantesco e poderoso
Há gestos que fazem mais do que mil palavras. São atitudes de gente comum, de cidadãos comuns, mas que nos conseguem comover e arrancar da nossa indiferença. Comovem-nos, fazem-nos pensar e levam-nos a agir de forma diferente perante a adversidade.
A família de Ahmed Al Khatib, um jovem palestiniano de 12 anos, alvejado mortalmente, na passada semana, por soldados israelitas, decidiu doar os órgãos do filho a seis cidadãos de Israel. Hoje, os órgãos do jovem palestiniano foram implantados em israelitas. O coração bate no peito da menina Samah Gadban, de 12 anos. O fígado foi partilhado entre um bebé de seis meses e uma mulher de 56 anos. Os pulmões foram transplantados num menino de cinco anos e numa rapariga de quatro anos. Os rins beneficiaram um menino de cinco anos.
Não sei se os pais de Ahmed pensaram, para além de estarem a ajudar a salvar vidas, no alcance que a sua acção pode ter na aproximação entre os cidadãos das duas nações. Ao longo da existência da humanidade, quando nos sentimos impotentes perante a grandeza da crueldade da vida, da irracionalidade dos ódios étnicos, insignificantes perante os grandes desígnios geo-políticos, há cidadãos que mudam o rumo dos acontecimentos com atitudes simples.
É esta luz que cai inesperadamente nos nossos caminhos que nos faz dar passos mais seguros rumo a um mundo melhor e mais justo.
Não podia deixar de assinalar este gesto, representativo de muitos outros que nunca chegam ao nosso conhecimento. O ser humano, apesar daquilo que tem de mal, de irracional, é uma potencia do bem, com muito para dar ao seu semelhante.
Este é um exemplo de vida. Faz lembrar a história de dois prisioneiros fechados na mesma cela. Um, sempre sorridente, sem rancor nem ódios. Outro, sempre triste, de cabisbaixo, revoltado. Perguntados sobre a razão dos dois comportamentos e estados de espírito diferentes. Um disse, que olhava sempre, pelas grades, para as estrelas que lá fora brilham. O outro, não retirava o seu olhar do chão agreste da cela.
Uma palavra para os avanços da ciência e da tecnologia que quando pensada para servir o homem permite estas maravilhas de vida. São avanços que nos permitem acreditar sempre na capacidade do homem superar as contrariedades e dificuldades do seu tempo, aumentando a esperança de vida de muitos cidadãos. Massificando, melhor, democratizando e permitindo o acesso à saúde e qualidade de vida a muitos mais cidadãos do nosso mundo.
O que ressalta entre o necessário gesto de Bil Gates, que doa milhões de dólares para a cura e tratamento da malária no Mundo e o simples, mas grandioso gesto da família de Ahmed, é uma característica comum a todos nós, que deve ser potenciada em cada dia. Todos nós temos a possibilidade e os meios de poder fazer mais felizes os nossos semelhantes.
Como especialista em comunicação acho que não teria sido capaz de pensar num acto tão simples e tão forte de aproximação entre dois povos, de conceber um sinal de paz, fraternidade e liberdade, como foi o da família de Ahmed e do corpo clínico.
Vale a sempre a pena viver para participar e comungar destes momentos de vida.
A família de Ahmed Al Khatib, um jovem palestiniano de 12 anos, alvejado mortalmente, na passada semana, por soldados israelitas, decidiu doar os órgãos do filho a seis cidadãos de Israel. Hoje, os órgãos do jovem palestiniano foram implantados em israelitas. O coração bate no peito da menina Samah Gadban, de 12 anos. O fígado foi partilhado entre um bebé de seis meses e uma mulher de 56 anos. Os pulmões foram transplantados num menino de cinco anos e numa rapariga de quatro anos. Os rins beneficiaram um menino de cinco anos.
Não sei se os pais de Ahmed pensaram, para além de estarem a ajudar a salvar vidas, no alcance que a sua acção pode ter na aproximação entre os cidadãos das duas nações. Ao longo da existência da humanidade, quando nos sentimos impotentes perante a grandeza da crueldade da vida, da irracionalidade dos ódios étnicos, insignificantes perante os grandes desígnios geo-políticos, há cidadãos que mudam o rumo dos acontecimentos com atitudes simples.
É esta luz que cai inesperadamente nos nossos caminhos que nos faz dar passos mais seguros rumo a um mundo melhor e mais justo.
Não podia deixar de assinalar este gesto, representativo de muitos outros que nunca chegam ao nosso conhecimento. O ser humano, apesar daquilo que tem de mal, de irracional, é uma potencia do bem, com muito para dar ao seu semelhante.
Este é um exemplo de vida. Faz lembrar a história de dois prisioneiros fechados na mesma cela. Um, sempre sorridente, sem rancor nem ódios. Outro, sempre triste, de cabisbaixo, revoltado. Perguntados sobre a razão dos dois comportamentos e estados de espírito diferentes. Um disse, que olhava sempre, pelas grades, para as estrelas que lá fora brilham. O outro, não retirava o seu olhar do chão agreste da cela.
Uma palavra para os avanços da ciência e da tecnologia que quando pensada para servir o homem permite estas maravilhas de vida. São avanços que nos permitem acreditar sempre na capacidade do homem superar as contrariedades e dificuldades do seu tempo, aumentando a esperança de vida de muitos cidadãos. Massificando, melhor, democratizando e permitindo o acesso à saúde e qualidade de vida a muitos mais cidadãos do nosso mundo.
O que ressalta entre o necessário gesto de Bil Gates, que doa milhões de dólares para a cura e tratamento da malária no Mundo e o simples, mas grandioso gesto da família de Ahmed, é uma característica comum a todos nós, que deve ser potenciada em cada dia. Todos nós temos a possibilidade e os meios de poder fazer mais felizes os nossos semelhantes.
Como especialista em comunicação acho que não teria sido capaz de pensar num acto tão simples e tão forte de aproximação entre dois povos, de conceber um sinal de paz, fraternidade e liberdade, como foi o da família de Ahmed e do corpo clínico.
Vale a sempre a pena viver para participar e comungar destes momentos de vida.
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