Falar para o boneco
Há alguns parâmetros de racionalidade e profissionalismo que podem melhorar o desempenho das candidaturas autárquicas. Quero dizer que os aspectos que se prendem com os diagnósticos, a selecção de candidatos, a escolha de temas de campanha e a organização das equipas das diversas campanhas devem ser mais ponderados pelos partidos políticos e as diversas candidaturas.
Da minha experiência e observação das autárquicas, poucos foram os casos em que a escolha dos candidatos autárquicos foi precedida de estudos para aferir da sua adequação ao mercado eleitoral. O resultado desta inexistência é o aparecimento de candidatos autárquicos que não correspondem ao perfil desejado pela maioria dos cidadãos. As máquinas partidárias ou escolhem candidatos sem carisma e com défice de credibilidade ou indicam tecnocratas e pessoas altamente qualificadas mas que não conseguem assumir o seu papel de políticos e galvanizadores de projectos colectivos.
Neste plano exige-se uma maior capacidade de escolher pessoas preparadas para traçar rumos e definir políticas e simultaneamente capazes de coordenar equipas e dialogar com os eleitores, transmitindo-lhes confiança e sintetizando ideias e objectivos.
Passando ao patamar seguinte, o resultado do diagnóstico frio e profissional exige um investimento inicial na caracterização da situação concelhia, do desempenho camarário, a aferição dos pontos fortes e fracos dos adversários. Só este trabalho permite a selecção das ideias-força que vão permitir a afirmação do programa e da equipa de uma candidatura. E podemos ir mais além com o controlo continuado do desempenho, permitindo a correcção de rotas ou a sua afirmação.
Já em matéria de organização das campanhas os quadros políticos dos diversos partidos são um deserto em termos de recursos e competências, ficando muitas vezes reféns de lógicas redutoras e auto destrutivas, que dificultam a mobilização das forças vivas das sociedades locais e dos mais capazes de cada agrupamento político. Os políticos ainda não perceberam que a boa organização, disciplina e a distribuição de competências e responsabilidades são fundamentais para o sucesso das suas candidaturas.
Por isso não nos devemos admirar que possam ter acontecido alguns revezes eleitorais por parte de algumas candidaturas cujos candidatos se mantiveram alheios e temerários aos contactos com as populações ou que outros tenham estado a falar de assuntos que não constavam do cerne prioritário das preocupações dos eleitores.
A lição que fica é que, mais do que o folclore eleitoral, o que mais importa é introduzir um maior profissionalismo na prática classe política. Profissionalismo não é mais do que saber escolher os candidatos mais capazes, as equipas mais eficazes, os temas mais adequados para a organização mais eficiente das campanhas eleitorais.
Não são as toneladas de propaganda, a profusão de informação, a acumulação de eventos políticos, os improvisos e gastos irracionais de última hora que garantem, por si só, bons resultados eleitorais.
É caso para dizer que houve muita gente a falar para o boneco nestas últimas eleições autárquicas.
Da minha experiência e observação das autárquicas, poucos foram os casos em que a escolha dos candidatos autárquicos foi precedida de estudos para aferir da sua adequação ao mercado eleitoral. O resultado desta inexistência é o aparecimento de candidatos autárquicos que não correspondem ao perfil desejado pela maioria dos cidadãos. As máquinas partidárias ou escolhem candidatos sem carisma e com défice de credibilidade ou indicam tecnocratas e pessoas altamente qualificadas mas que não conseguem assumir o seu papel de políticos e galvanizadores de projectos colectivos.
Neste plano exige-se uma maior capacidade de escolher pessoas preparadas para traçar rumos e definir políticas e simultaneamente capazes de coordenar equipas e dialogar com os eleitores, transmitindo-lhes confiança e sintetizando ideias e objectivos.
Passando ao patamar seguinte, o resultado do diagnóstico frio e profissional exige um investimento inicial na caracterização da situação concelhia, do desempenho camarário, a aferição dos pontos fortes e fracos dos adversários. Só este trabalho permite a selecção das ideias-força que vão permitir a afirmação do programa e da equipa de uma candidatura. E podemos ir mais além com o controlo continuado do desempenho, permitindo a correcção de rotas ou a sua afirmação.
Já em matéria de organização das campanhas os quadros políticos dos diversos partidos são um deserto em termos de recursos e competências, ficando muitas vezes reféns de lógicas redutoras e auto destrutivas, que dificultam a mobilização das forças vivas das sociedades locais e dos mais capazes de cada agrupamento político. Os políticos ainda não perceberam que a boa organização, disciplina e a distribuição de competências e responsabilidades são fundamentais para o sucesso das suas candidaturas.
Por isso não nos devemos admirar que possam ter acontecido alguns revezes eleitorais por parte de algumas candidaturas cujos candidatos se mantiveram alheios e temerários aos contactos com as populações ou que outros tenham estado a falar de assuntos que não constavam do cerne prioritário das preocupações dos eleitores.
A lição que fica é que, mais do que o folclore eleitoral, o que mais importa é introduzir um maior profissionalismo na prática classe política. Profissionalismo não é mais do que saber escolher os candidatos mais capazes, as equipas mais eficazes, os temas mais adequados para a organização mais eficiente das campanhas eleitorais.
Não são as toneladas de propaganda, a profusão de informação, a acumulação de eventos políticos, os improvisos e gastos irracionais de última hora que garantem, por si só, bons resultados eleitorais.
É caso para dizer que houve muita gente a falar para o boneco nestas últimas eleições autárquicas.
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