Inutilidades. Adiante.
Não percebo o alarido por causa do que disse o Ministro Pinho. Dizer na China que os ordenados portugueses são baixos é uma normalidade. Dizer na China que ganhamos pouco, é um não dizer, uma inutilidade. Criticar Pinho por dizê-lo, é uma falsidade, pois Pinho disse a verdade do País que somos e do que ganhamos.
O que vem a seguir é escusado, um desperdício de energia.
O importate é perceber porque ganhamos pouco?
Ganhamos pouco porque vendemos pouco, produzimos pouco, acrescentamos pouco valor ao pouco que fazemos. E isso sucede porque somos mal qualificados desde que nascemos até que morremos. Escrevemos, falamos, marramos às toneladas. Quando confrontados com o mundo global esbarramos com a nossa insignificância. É assim mesmo.
Fomos à China vender produtos e cimentar parcerias? Se sim, de nada serve explicar ao chinês o que ganhamos. Se lá fomos captar empresas, o que ganhamos pouco importa para atrair empresas chinesas e chineses.
Para muito deles, aos milhões, uma malga de arroz é a salvação. Para os poucos a quem interessa a Europa, as contas já estão feitas e sabidas.
Concentremo-nos no que interessa, inventar, produzir, comercializar, intermediar qualquer coisa que uns milhões de chineses consumam regularmente e assim gerem receitas para portugueses.
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