sexta-feira, agosto 11, 2006

Tiques de falsas virgens.


Começo a não ter paciência para os tiques deste Governo. Fazem-me lembrar as sumidades que geriram o Ministério da Educação, todos amigos, todos parceiros nos mesmos institutos e fundações, e que se fartaram de opiniar sobre a mediocridade dos alunos. Parece que já nos livrámos de muitos deles nas telas da televisão. Excepção para Marçal Grilo que ainda, há alguns dias, teve o desplante de perorar sobre o sistema.

Os tiques de alguns dos actuais governantes são idênticos, esquecendo-se das anteriores responsabilidades ou co-responsabilidades próprias ou dos partidos e máquinas a que pertencem e que ajudaram a manter e sustentar desde muito novos.

Os autarcas são gastadores, corruptos, uns mãos largas, hipotecados aos interesses imobiliários, os culpados dos males do País. Mesmo assim continuam a dar-lhes competências. Não se percebe como se tem o descaramento de denegrir e em simultâneo aumentar responsabilidades.

Agora oiço um ministro acusar as populações de falta de civismo. Mas este povo não é fruto da acção colectiva de várias entidades?

Não aceito estes tiques morais, de conveniência, sem memória, no primeiro e no segundo casos, tal qual falsas virgens bradando a sua virgindade.
Ficava melhor a este Governo fazer o que tem de ser feito sem denegrir poderes, titulares legítmos ou o povo português.

Será que estão em pé de poderem continuar a atirar as primeiras pedras?
Veremos... se por este caminho a maré não vai, infelizmente, começar a mudar.

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