Acordar ao som de violinos, numa manhã de sol
Domingo acordei ao som de violinos.
Ouvi sons agradáveis. Segui a direcção dos sons e abeirei-me da varanda do hotel. Esta estava debruçada sobre um jardim japonês, com calhaus rolados, bambus, pontes e passadiços de madeira suspensos sobre a água que guardava peixes vermelhos. O jardim era o centro do quadrado formado pelos quatro lados internos do Hotel Royal Garden, com vários andares de varandas a toda a volta, implantados como colmeias. A melodia, de músicas de todos os tempos, provinha das diversas varandas, ao redor das quatro faces internas do quadrado formado pelo interior do edifício, onde, posicionados de forma desalinhada, crianças e mais velhos montaram um espectáculo fantástico de sons que brotavam harmoniosamente dos seus violinos.
Foi um momento único, irrepetível, simples, que tornou inesquecível este acordar em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel. Foi uma despedida, a deles e a minha. Encontrámo-nos no avião.
Valeu a pena regressar aos Açores.
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