sexta-feira, maio 04, 2007

Arguidos podemos ser todos nós. E daí...

Marques Mendes está a penar por ter desvirtuado o conceito de arguido no passado. Uma boa intenção, uma corajosa atitude foi mal expressa e agora ele está refém da sua posição.
Mas o perigo é que qualquer político pode ser arguido por boas ou más razões, por artifícios políticos, por calúnia e por esse facto não deve ser colocada em causa a sua idoneidade.
O que importa é traçar uma linha forte que separe a condição de acusado da de arguido. Não sei como se conseguirá recuperar a função inicial do instituto e estatuto de "arguido", a bem da estabilidade política e do bom nome das pessoas.
Claro que cada titular de cargos políticos deve afastar-se imediatamente quando conscientemente vir que a sua situação não é boa para a instituição que dirige.
Não compreendemos situações como as de Isaltino Morais, Valentim e outros. Também tenho conhecimento de outros que vítimas de chicana política são atacados na praça pública demonstrando-se durante o julgamento as falsas declarações das testemunhas e a sua inocência.

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