Só me faltava esta.
Ter de explicar o óbvio. Que o problema não é gerir uma terra pobre, nem que seja das mais pobres de Portugal. Que o mal não está em quem retrata a pobreza de Portugal na pobreza dessa terra. A questão é como posso dar passos concretos, obter resultados e dar a volta à questão? Têm de saber encontrar vocações, singularidades, características que tornem o lugar alvo de visita, de procura, enriquecendo dia a dia, com actos simples, a vida dos que lá vivem ou por lá passam.
Há que expôr a pobreza, para que ela se envergonhe e desapareça. Há que abrir portas e lançar mãos a novas formas de desenvolver, menos tradicionais mas mais perenes.
Há que não manipular ou procurar esconder aquilo que até os cegos pressentem e conseguem ver.
Confesso que não tenho jeito, nem capacidade, nem vontade para comunicar inexistências, quando as evidências comunicam por si próprias. São as vidas das pessoas que contam a verdade.
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