sexta-feira, novembro 10, 2006

Prefiro o original


Francamente que prefiro o original. As fotocópias são de má qualidade. Nelas, os tiques saem mais carregados, notados, desastrados, magoando o íntimo dos vulgares cidadãos. Estes, na sua maioria, entre a novela e o futebol - visto do banco da tasca e do café ou no sofá - sem informação para se defenderem, condicionados pelas suas características, em razão da cultura ou da educação, não conseguem esgueirar-se e escapar ao impacto de uma mudança, necessária, que toca sempre aos mesmos.
Não há volta a sugerir, temos de mudar as coisas. Mas a mudança tem de ser feita com respeito, com transparência, com boas maneiras e com memória.
É por isso que prefiro Sócrates às fotocópias das suas piores carcaterísticas, encarnadas quase em simultâneo por alguns dos seus ministros e secretários.
Mas não é grave. Ele aí está, com a confiança dos portugueses. Os outros, as más imitações, calar-se-ão até serem dispensados.