sábado, dezembro 27, 2008

Anies Baswedan e a agenda oculta dos extremistas

"O extremista não quer falar dos seus verdadeiros planos porque implicam mudanças na vida quotidiana das pessoas e sabem que não são populares. Para eles é muito melhor ganhar o apoio saindo para as ruas, gritando contra os EUA ou denunciando a ocupação do Afeganistão. Só desta forma podem conseguir o apoio de que necessitam para para levar a cabo a sua verdadeira agenda oculta, que é mudar o modelo de sociedade", afirma Anies Baswedan, numa entrevista ao El Mundo de 27 de Dezembro. Este é considerado um dos 100 intelectuais mais influentes do Mundo.
Ele, com 40 anos de idade, é o Reitor da primeira universidade que criou um curso obrigatório que se chama " Luta contra a corrupção".
Anies não acredita no choque de civilizações. " Não acredito que os conflitos tenham a sua origem nos valores, na cultura, ou na ideologia, porque se fosse assim estaríamos perante problemas eternos." Para ele está parece-lhe uma forma ilegítima de encontrar as razões do conflito entre Ocidente e o Mundo muçulmano.
O extremismo está aí desde o aparecimento do Profeta_ afirma Anies. E pergunta:
_O primeiro califa morreu de doença. DE que causas morreram o segundo o terceiro e o quarto? Para responder prontamente: "assassinados".
Estamos a enfrentar interesses e escolhas calculadas e é aí que se tem de ir encontrar a solução. Se reduzirmos tudo a diferentes pontos de vista ideológicos não haverá maneira de acabar com os conflitos, a não ser que elimines todas as pessoas que pertencem a essa ideologia, conclui o jovem Reitor. Há que olhar para os interesses implicados para perceber porque uma parte decide fazer a guerra ou tomar o caminho da paz, mas fora da ideologia.
Cá está um ponto de vista interessante para as disputas que assolam o nosso mundo. Perceber os interesses, a geo-estratégia dos interesses e actuar longe de ideologias, religiões e outras áreas que merecem um lugar diferente nas civilizações. Aqui pode estar uma das chaves que procuramos para resolver alguns conflitos, fechando ódios e abrindo corações.

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