sábado, dezembro 06, 2008

O publicitário e o taxista.

Acabado de aterrar num aeroporto nos Estados Unidos, um especialista em comunicação apanha um táxi e dirige-se ao hotel. Aproveita a viagem para verificar o eixo de uma sua campanha de comunicação. Ao passar por um anúncio a um dentífrico pergunta ao condutor:
_ então meu amigo, o que acha daquela pasta de dentes.

O condutor, logo lhe responde:
_ eu não acredito em publicidades. Prefiro aquela marca que não faz a publicidade. Eu sou daqueles que sabe o que quer e escolhe o melhor.

Certo. Objectivo atingido, pensou o publicitário. Era esse o eixo da campanha e o objectivo de comunicação do produto dentífrico que promoveu. Um pasta de dentes para pessoas que não são influenciadas pela publicidade e que sabem o que querem. Um produto que não precisa de publicidade. Cá está uma comunicação de um produto feita de acordo com uma estratégia diferenciada.
Ou será que como não se vê, não se consegue ver, ou não se é capaz de entender, tal significa que a organização A não estava a comunicar o seu produto.

Noutros tempos, nos testes de cervejas, a minha cliente, tinha índices de memorabilidade maiores e vendia que se fartava. Ganhou a liderança. A concorrente, na altura, era primária, e ia a pique. Uma mostrava paisagens e bons momentos. A outra comunicava ostensivamente cerveja e produto.

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