quinta-feira, dezembro 25, 2008

A pergunta da Visão foi?

Considera os jornalistas uma mais-valia para o Poder?

A minha resposta teve duas componentes e uma posição de princípio essencial.


O jornalista, enquanto assessor de imprensa de governos, ministérios e organizações de diversa ordem, tanto pode ser uma mais-valia como pode não o ser. Será uma mais-valia quando domina a técnica jornalística, consegue ser consultor, facilita o trabalho dos jornalistas e percebe que a função de uma organização, ministério, presidência de uma autarquia, etc. é saber comunicar e ouvir os seus diversos públicos. Aqui começam as dificuldades.

Será uma menos-valia se for mais uma barreira interposta entre a organização e os jornalistas, se dificultar o seu trabalho, se não conseguir ser para além de assessor um consultor global sobre a melhor forma de comunicar com diversos públicos e de atingir os objectivos da organização e dos seus dirigentes.

Por fim, a posição de princípio é que já começa a ser tempo das pessoas optarem pela profissão que querem, acabando-se com um vai e vem onde uns dias se é assessor, noutros, jornalista, noutro assessor, e até se pode passar a ser administrador de meios de comunicação social. Falta aqui um período de nojo, de descanso, quando se regressa do Poder ou das empresas. Como não vivemos num País rico, e temos brandos costumes, ao menos que se esteja um tempo sem escrever sobre as mesmas matérias que foram profissionalmente tratadas aos serviço de uma formação política, no Governo ou fora dele, numa autarquia, ou numa empresa.
Ou então passa a valer tudo.

0 Comments:

Enviar um comentário

<< Home