Liderança e complexidade. 2 mais 2 pode não resultar no mesmo que 2 e 2 .

Estou a ler um excelente trabalho académico do meu querido amigo Luis Lourenço. Fala de Mourinho, fala sim senhor. Fala de futebol, também fala. Mas também fala de complexidade versus simplicidade. No fundo fala-nos, como pode ter sido possível tal ousadia, da vida, das vidas, das derotas e vitórias, dos desafios e ambição à luz de Mourinho, Heidegger, Morin, Prigogine, de Sérgio, Clausewitz, Sun Tzu...
Mas voltando ao futebol, ou à filosofia do futebol, ou aos métodos complexos de organização de uma equipa de futebol liderada por Mourinho, ficamos conscientes da " primazia do futuro para os seres humanos" e da forma " como Mourinho usa o futuro para realçar e tornar eficaz e envolvente a sua liderança e acção motivacional. De um ponto de vista heideggeriano, o mais importante para entendermos o que no trouxe até ao presente é a projecção que corporizadamente somos para o futuro. Mourinho projecta constantemente o futuro, sobretudo o futuro da sua equipa."

A complexidade, como isto faz cada vez mais sentido, significa que 2+2 nem sempre dá 4, mas que deve ser encarado como 2 (E) 2 cujo resultado dependerá das carcaterísticas do 2, do outro 2 e da forma como se relacionam, do (E). Vinte eusébios, vinte Ronaldinhos, vinte Figos, por si só, não resultam numa equipa ganhadora. O resultado ganhador depende das conexões entre eles.


Parabéns Luis. Valeu a pena o esforço.
Uma obra a ser lida com atenção.