As três irmãs nem sempre amigas
Hoje vou contar-vos a história de três irmãs, que apesar de necessitarem umas das outras para viverem, por vezes andam de candeias às avessas.
As meninas dão pelo nome de Real, Desejada e Percebida. Têm traços de semelhança muito vincados mas, no dia a dia, costumam revelar contradições, por vezes insanáveis e que complicam a vida do seu progenitor.
Os problemas começam quando lhes falta sintonia, coordenação e quando os seus interlocutores reparam que, por actos e omissões, elas se contradizem.
A menina Real é aquela que é mesmo assim, a verdadeira. A Desejada é mais sonhadora e julga-se perfeita. A Percebida, mais sensitiva e não menos verdadeira, é aquela que é construída por todos nós.
Já perceberam que estamos a falar de imagem, seja ela de um político, de um produto ou de um serviço.
O político ou um bem determinado e um serviço, possuem características e aptidões reais, tendencialmente objectivas, que os definem no dia a dia. Podemos, neste caso, falar da imagem real, aquilo que ele é, tal qual é, na rudeza das constatações tendencialmente nuas e cruas.
Mas como os políticos, os bens e serviços circulam e vivem num universo ou mercado de pessoas. Para que consigam alongar o seu ciclo de vida projectam ou vêem ser construída uma imagem de si próprios mais simplificada, adaptada aos outros, moldada aos objectivos a atingir. Diria que a conquista de um lugar ao sol obriga a esse exercício de adequação. Passamos para uma imagem elaborada e projectada, ainda que mais simplificada, a imagem desejada.
A prova dos nove acontece com a forma como esse mesmo político, bem ou serviços são percebidos. O modo como percebemos as coisas dá-nos aquilo a que chamaremos a imagem percebida.
E então?
Então, o sucesso, a arte de perdurar, de alongar os ciclos de vida dos políticos, serviços e produtos está na forma mais ou menos hábil com que se trabalham e conjugam estes três planos de imagem.
A perfeição, quase impossível, consiste em fazer aproximar ao máximo a imagem real, a imagem desejada e a imagem percebida, por um lado, todas elas concorrendo para a plena satisfação das necessidades do mercado político ou do mercado dos bens e serviços.
Alguns exemplos práticos ajudam-nos a perceber melhor a questão. Pensemos em carros alemães ou fabricados num país de Leste. Pensemos na carne e no leite produzidos nos Açores e nos mesmos produtos, sem imagem de marca, vindos de um país africano. Ou, já no plano da política, meditemos num primeiro-ministro que ao projectar uma política e um programa de rigor e de poupança, pedindo sacrifícios aos cidadãos (imagem desejada) não pode, na prática, fazer o contrário, dando sinais de desperdício, de gastos supérfluos (imagem real), sob pena de à medida que os cidadãos tomam conhecimento da realidade vir a ser simplesmente censurado (pela imagem percebida) dos seus actos.
O mesmo se passa quando as elevadas expectativas criadas pelas promessas à volta das propriedades de um bem ou serviço (imagem projectada e desejada pela publicidade e comunicação) na prática não conseguem satisfazer os consumidores (imagem real) os quais consolidam uma percepção negativa (imagem percebida) aquém da desejada.
Diria, em jeito de conclusão, que aos progenitores destas três meninas cabe a tarefa de uma educação assente na verdade e na, onde não deve faltar o exercício físico necessário para que consigam caminhar sempre próximas e se mantenham amigas.
O problema é que pelo caminho surgem os namoricos e as outras compreensíveis tentações da vida, que as podem separar. Mas não há problema, porque outras irmãs existem e terão o seu momento de glória.
As meninas dão pelo nome de Real, Desejada e Percebida. Têm traços de semelhança muito vincados mas, no dia a dia, costumam revelar contradições, por vezes insanáveis e que complicam a vida do seu progenitor.
Os problemas começam quando lhes falta sintonia, coordenação e quando os seus interlocutores reparam que, por actos e omissões, elas se contradizem.
A menina Real é aquela que é mesmo assim, a verdadeira. A Desejada é mais sonhadora e julga-se perfeita. A Percebida, mais sensitiva e não menos verdadeira, é aquela que é construída por todos nós.
Já perceberam que estamos a falar de imagem, seja ela de um político, de um produto ou de um serviço.
O político ou um bem determinado e um serviço, possuem características e aptidões reais, tendencialmente objectivas, que os definem no dia a dia. Podemos, neste caso, falar da imagem real, aquilo que ele é, tal qual é, na rudeza das constatações tendencialmente nuas e cruas.
Mas como os políticos, os bens e serviços circulam e vivem num universo ou mercado de pessoas. Para que consigam alongar o seu ciclo de vida projectam ou vêem ser construída uma imagem de si próprios mais simplificada, adaptada aos outros, moldada aos objectivos a atingir. Diria que a conquista de um lugar ao sol obriga a esse exercício de adequação. Passamos para uma imagem elaborada e projectada, ainda que mais simplificada, a imagem desejada.
A prova dos nove acontece com a forma como esse mesmo político, bem ou serviços são percebidos. O modo como percebemos as coisas dá-nos aquilo a que chamaremos a imagem percebida.
E então?
Então, o sucesso, a arte de perdurar, de alongar os ciclos de vida dos políticos, serviços e produtos está na forma mais ou menos hábil com que se trabalham e conjugam estes três planos de imagem.
A perfeição, quase impossível, consiste em fazer aproximar ao máximo a imagem real, a imagem desejada e a imagem percebida, por um lado, todas elas concorrendo para a plena satisfação das necessidades do mercado político ou do mercado dos bens e serviços.
Alguns exemplos práticos ajudam-nos a perceber melhor a questão. Pensemos em carros alemães ou fabricados num país de Leste. Pensemos na carne e no leite produzidos nos Açores e nos mesmos produtos, sem imagem de marca, vindos de um país africano. Ou, já no plano da política, meditemos num primeiro-ministro que ao projectar uma política e um programa de rigor e de poupança, pedindo sacrifícios aos cidadãos (imagem desejada) não pode, na prática, fazer o contrário, dando sinais de desperdício, de gastos supérfluos (imagem real), sob pena de à medida que os cidadãos tomam conhecimento da realidade vir a ser simplesmente censurado (pela imagem percebida) dos seus actos.
O mesmo se passa quando as elevadas expectativas criadas pelas promessas à volta das propriedades de um bem ou serviço (imagem projectada e desejada pela publicidade e comunicação) na prática não conseguem satisfazer os consumidores (imagem real) os quais consolidam uma percepção negativa (imagem percebida) aquém da desejada.
Diria, em jeito de conclusão, que aos progenitores destas três meninas cabe a tarefa de uma educação assente na verdade e na, onde não deve faltar o exercício físico necessário para que consigam caminhar sempre próximas e se mantenham amigas.
O problema é que pelo caminho surgem os namoricos e as outras compreensíveis tentações da vida, que as podem separar. Mas não há problema, porque outras irmãs existem e terão o seu momento de glória.
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