terça-feira, março 10, 2009

Poderes fácticos e a gravata de Mota Amaral

Mota Amaral foi o meu convidado ao Clube Lusitânia. Falou, de forma profunda, sobre a crise, a Europa, a cidadania, a legitimidade democrática e a maior ligação entre cidadãos e as instituições europeias.
No final do jantar, a propósito de uma gravata que lhe foi oferecida, Mota Amaral contou que sempre lhe foi impossível, enquanto Presidente da Assembleia da República, conseguir que todos os parlamentares usassem gravata dentro da instituição. No entanto, numa delegação por si chefiada que no estrangeiro se deslocou a um restaurante, um deputado foi impedido de entrar no restaurante e de participar no jantar oficial por não possuir a dita. Mota Amaral logo rematou que um porteiro conseguiu, sem protestos nem abaixo assinados, aquilo que jamais um Presidente da AR conseguiria ou se atreveria a fazer: obrigar um bloquista a usar gravata no Plenário. A força dos poderes fácticos. E lá foi para tráso deputado sem jantar nem reclamar. Porteiro manda.

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